A questão da eutanásia
Quando era mais nova, com cerca de 10 anos, a questão da morte já me assolava. Não necessariamente de uma forma preocupante, mas depois de perder um avô, e entender que a morte significava que nunca mais iria ver essa pessoa, comecei a entender a relação vida-morte.
Tinha uma gata, ainda nova, e lembro-me de pensar que se algum dia ela morresse eu queria embalsama-la. Sei que é uma estupidez, mas, na altura, para uma criança, fazia sentido. Ela iria estar sempre comigo. Até um sítio pensei para a colocar.
Hoje, olhando para trás, vejo que era uma ideia rídicula e digna de uma verdadeira criança. Mas era já o início de algo que me preocupava, a morte.
Fui crescendo e nunca mais pensei nisso. Há cerca de 5 anos, um problema de cancro com a minha gata fez-me voltar a pensar no assunto. E os sentimentos eram já bastante diferentes. Uma "suposta amiga" estava a passar por algo semelhante e teve de abater o gato. Sofri por ela, e jurei que nunca seria capaz de o fazer. "Nem pensar. Nunca!", foram as minhas palavras.
Como estava errada...